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13 de jun. de 2016

CUNHA CONTRATA ADVOGADOS DA DELAÇÃO DE MACHADO



O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que será julgado nesta semana pelo conselho de ética da Câmara dos Deputados, contratou os advogados Antônio Sergio Pitombo e Fátima Tórtima, os mesmos que fecharam a delação premiada de Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro e de seus familiares; em conversas reservadas, Cunha tem ameaçado entregar cerca de 150 deputados e mais de uma dezena de senadores, caso não seja protegido pelo presidente interino Michel Temer; seu objetivo é preservar a esposa Cláudia Cruz e a filha Danielle Dytz, que estão no radar do juiz Sergio Moro, no Paraná

Em sua semana decisiva, em que poderá ter o pedido de cassação aprovado pelo conselho de ética da Câmara dos Deputados, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ainda guarda um trunfo na manga.
Ele contratou os dois advogados que fecharam a explosiva delação de Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro, e de seus familiares. São eles Antônio Sergio Pitombo e Fernanda Tórtima, que negociaram com a procuradoria-geral da República a devolução de cerca de R$ 70 milhões e os depoimentos que acusam os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR).
Em conversas reservadas, Cunha rechaçou os pedidos de interlocutores do governo interino de Michel Temer, que defenderam sua renúncia. Cunha respondeu dizendo que, se cair, pode levar com ele praticamente 150 deputados, assim como uma penca de ministros e senadores (leia mais aqui). Temer tenta se desvencilhar de Cunha, porque pesquisas de opinião já demonstram que a proximidade entre os dois prejudica a imagem de seu governo.
Ainda é cedo para saber se Cunha estará mesmo disposto a fazer uma delação premiada. Mas o fato é que, depois que sua esposa, Cláudia Cruz, e sua filha, Danielle Dytz, entraram no radar de Sergio Moro, podendo ser investigadas e condenadas por lavagem de dinheiro, essa hipótese passou a ser considerada por seus advogados. 
Cunha hoje controla cerca de 55% dos votos no Congresso e sempre se especulou que ele exerceria influência financeira sobre os deputados. Graças a essa influência, ele se elegeu presidente da Câmara no início de 2015, inviabilizando as relações entre o governo da presidente Dilma Rousseff e o Congresso Nacional.
Fonte: Brasil247

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